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Anime reviews
Titulo: Kyoukai Senjou no Horizon
Gênero: Fantasia / Sci-fi
Estúdio: Sunrise
Formato: Série de TV / 13 episódios
Ano de produção: 2011
No futuro distante, o progresso da humanidade no espaço foi
interrompido, forçando a civilização retornar
à Terra devastada que haviam deixado para trás, onde a
única terra habitável é o arquipélago
japonês. Para abrigar a população global,
são criadas cópias sustentadas por placas
tectônicas criadas para este fim. Eventualmente os instrumentos
sagrados usados para apoiar as placas tectônicas desapareceram
e as cópias caem sobre a original. As pessoas que viviam nas
cópias culparam as do mundo original pela tragédia e
houve a Guerra da Unificação Harmônica. Após
a guerra, as pessoas que caíram dos Céus à Terra
pensaram que talvez pudessem voltar aos Céus sem destruir a si
mesmos ao seguir os passos da Humanidade. E assim foi criado o
Testamento, um livro de história sobre o velho mundo.
Aqui temos uma série que aparentemente tenta atender a todos os
fetiches otaku, nos apresentando um mundo futuro fantástico onde
magia e tecnologia se encontram, uma história com várias
reviravoltas inusitadas, e um grande elenco de personagens que em
primeira instância aparentam ser clichês de personagens de
RPG de fantasia.
Bem, dizem que um dos males de tentar agradar a todos os gostos
é por fim não agradar nenhum; ainda mais quando o gosto
dos fãs da animação japonesa são tão
especializados e díspares. Entrementes, o maior paradoxo sobre
Kyoukai Senjou no Horizon é que, apesar de aparentar aos
incautos uma premissa e narrativa pobre, há na verdade uma boa
história a ser contada. Os seis primeiros episódios nos
mostram potencial fortuito de grandeza, com drama político
complexo e sobre armas de destruição em massa.
Para amenizar a aparente falta de rumo inicial, é importante salientar 2 coisas:
- Conceituar os episódios iniciais como sendo de diferentes
pontos de vista e necessários para acentuar o eventual
clímax.
- Que se trata de uma história grande e complexa do qual estes
13 episódios compreendem apenas o primeiro volume de
vários livros dos quais ela se baseia.
Por seguinte, para aqueles que passaram incólumes pelas trevas
noturnas, a aurora será excitante. A série se
mostrará criativa, inteligente e genuinamente sci-fi. Mesmo o
Aoi, que passa a maior parte da série como sendo o protagonista
mais ineficaz da história dos animes, chega a ter um par de
cenas em que ele brilha e até mesmo justifica a sua
personalidade e perspectiva da vida.
Tecnicamente, a animação costuma ter qualidade acima da
média (algumas economias fortuitas), sendo que as
sequências de ação mesclam bem a magia e a alta
tecnologia. Alguns pontos culminantes é a luta das duas bruxas
contra um robô gigante, e o uso criativo do "mercantilismo" e
"erotismo" como artes de combate realmente úteis. A trilha
sonora acompanha o nível de qualidade e sinaliza que a
série teve um orçamento de respeito e que souberam
utilizá-lo. E as paisagens naturais misturadas à
arquitetura japonesa tradicional e a bizarras estruturas sci-fi, nos
mostram uma perspectiva criativa.
Não é uma série que se possa recomendar aos 4
ventos - pois exige tanto uma grande quantidade de paciência como
uma boa dose de apreciação das nuances mais sutis de
fanservice e comédia - mas certamente é algo que
ficará marcado no coração de alguns espectadores. |
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