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Anime reviews
Titulo: Macross Frontier
Gênero: Ficção cientifica / Musical
Estúdio: Satelight
Formato: Série de TV / 25 episódios
Ano de produção: 2007>2008
No ano 2059, as forças unificadas da humanidade e Zentradi
prosseguem em sua marcha pelas estrelas, usando tecnologia de dobra
espacial para colonizar um número sempre crescente de planetas.
Enquanto a frota Macross Frontier continuava sua jornada em
direção ao centro da galáxia, uma nova
ameaça emerge na forma dos Vajras. Com o exército se
mostrando impotente para reagir devido a burocracia e confiança
em armamento obsoleto, a defesa da Frontier é confiada para uma
companhia terceirizada de segurança chamada SMS. Entre aqueles
pegos no fogo cruzado estão o jovem piloto Alto Saotome (que
outrora estreou peças teatrais de Kabuki), a cantora de grande
renome Sheryl Nome e a jovial Ranka Lee que possui sangue 1/4 Zentradi.
Entre eles está o destino da Frontier e, possivelmente, de toda
a humanidade.
É preciso admitir que o conceito de Macross é meio
simplório. Ainda que haja abundância de combates com os
Valkyries, o âmago da franquia sempre tem sido "a música
pop salvará a todos nós". Entrementes, esta é
apenas uma das coisas exploradas na série Macross Frontier, a
primeira série de TV digna desse nome desde, bem, a série
original de 1982-83. É importante lembrar que o Macross original
foi um "space opera" genuíno, com reviravoltas que beiravam o
ridículo teatral, e ainda assim mantinha nossa
atenção, episódio após episódio,
até um final emocionante. No entanto, sua sequência,
Macross 7 é algo indigno e lamentável. Felizmente,
Macross Frontier é fiel as origens e não a ovelha negra
da família; ainda que algumas pessoas não
concordarão com a idéia de colocar um bishounen como
piloto. Todavia, apesar da aparência afeminada que lhe deu a
alcunha de princesa, às vezes o Alto Saotome é capaz de
se mostrar um herói varonil (em ação, com as
mulheres é algo a se questionar).
Claro, as verdadeiras estrelas de Macross sempre foram as mulheres.
Esta série tem duas. E se o título e letra da
canção de abertura não tornar isto óbvio,
é bom salientar que haverá o já tradicional
triângulo amoroso.
Sheryl Nome é uma superstar, equilibrada e confiante ao extremo
da arrogância. Aya Endo (Kajika em Hanasakeru Seishounen) faz um
ótimo trabalho de dublá-la como alguém disposto a
fazer qualquer coisa para manter o seu destino em suas mãos, mas
ainda gentil o suficiente para dedicar algum tempo para ver os outros
chegarem aos seus destinos. Contudo, por trás desta
confiança existe a vulnerabilidade de alguém que anseia
por um relacionamento estável e ela vê essa possibilidade
em Alto.
Sua competidora inconsciente é Ranka Lee, que é resgatada
da morte certa pelos Vajras por Alto. Apesar de inicialmente
tímida, ela idolatra a Sheryl e quer se tornar uma estrela como
ela, que é precisamente a estrada que ela acaba seguindo com a
ajuda da Sheryl. Ainda assim, apesar de sua admiração
pela Sheryl, ela também se sente atraída pelo Alto. Sua
dubladora, Megumi Nakajima, esbanja charme e maturidade em seu primeiro
trabalho (posteriormente ela fez Sakura Kaede em Kampfer).
E do mesmo modo que a série original, o elenco de personagens é enorme.
Visualmente, Macross Frontier é fenomenal, com design
mecânico que faz jus ao nome Macross. Além da
animação de batalha bem coreografada, rica em
explosões e estilhaços. Mas nem tudo são flores
sob a brisa matutina da primavera. Às vezes o character design
é por demais simplificado, fazendo os rostos parecerem
estranhos. E nem sempre os personagens são corretamente animados.
Mas, isto não seria uma série Macross se não
tivesse muita, mas muita música pop. Macross Frontier não
é só santificado com vocalistas excepcionais, como
também tem a música tema de abertura - Triangler - por
Maaya Sakamoto. A música de fundo é absolutamente
esplêndida, então tampouco é surpresa ver que Yoko
Kanno é a responsável.
Sobre a parte mais importante de qualquer anime - o enredo e a
narrativa - Macross Frontier, como qualquer boa ópera, nos
mostra cenas dramáticas, coincidências por vezes burlescas
e reviravoltas. A ameaça Vajra não surge em todo
episódio, mas quando se faz presente, traz a mesma quantia de
temor que costumava proporcionar os Zentradi na série original.
Existe momentos mundanos como o quase vergonhoso oitavo episódio
com a calcinha, e outros nem tanto, como quando a Ranka começa a
cantar para ela mesma em um centro comercial, inspirada por um
avião de papel lançado por Alto, e acaba no centro de uma
multidão, alegrando humanos e Zentradi. Mas é justamente
esta jovialidade misturada com o drama de guerra espacial que fez da
série original um épico. |
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